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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Incubadora participa de Sessão Especial para discutir tema da Economia Popular no município

Câmara de vereadores de Feira de Santana - 12.09.2013
No dia 12 de setembro o professor José Raimundo esteve participando de uma Sessão Especial na Câmara de Vereadores de Feira e Santana a convite do Sindicato dos Camelôs da cidade (SINDICAME). Como membro da Incubadora de Iniciativas da Economia Popular e Solidária (IEPS-UEFS) o professor esteve falando das interfaces entre o tema da economia popular e o que a Economia Solidária tem refletido ao longo do tempo desde sua constituição.
A Sessão contou com a participação de representantes da sociedade civil (entidades de classes e outros), representantes do poder público e instituições públicas, além do representante de IEPS-UEFS. A discussão pretende contemplar a situação do Centro da Cidade, visto a intensa concentração do comércio popular nas imediações e no próprio centro da cidade. A presença dos camelôs, ambulantes e feirantes se confunde com o trânsito de pedestres e carros individuais, além dos veículos do transporte coletivo.

É consenso entre todos a necessidade de medidas que venham a reordenar o espaço do centro da cidade no sentido de tornar viável o transito de pessoas e a atividade produtiva da economia popular. A grande questão é justamente essa: qual(is) a(s) proposta(s) que as entidades da sociedade civil e o poder público pode e tem apresentado para resolver a situação?
Câmara de vereadores de Feira de Santana - 12.09.2013
Tal contexto tem feito emergir o tema da situação do comércio popular e seu papel para a economia e a cultura da cidade, tomando como fonte principal o momento da formação da cidade que se dá a partir da constituição de feiras livres para atender o comércio que se iniciara com a formação da Santana dos Olhos d’Água (nome original da cidade de Feira de Santana).
Esse comércio vem se desenvolvendo e ocupando parte significativa da força de trabalho de homens e mulheres da cidade que não encontram no emprego formal uma saída para sua sobrevivência material. Em alguns momentos como falta de opção, em outros enquanto uma opção consciente dos sujeitos desse setor vai se constituindo um segmento indispensável a paisagem e a dinâmica da economia local, podendo, se bem organizado, ser a coluna vertebral do desenvolvimento local, em contraposição, ou de modo complementar, ao modelo industrial implantado no município.
Portanto, o desenvolvimento da cidade tem sido fruto das opções políticas dos gestores locais que, ao contrário de incentivar a cultura local e as potencialidades locais tem fomentado um modelo de desenvolvimento predatório, a partir da instalação de indústrias com a isenção de impostos e outros benefícios. Em paralelo o segmento da economia popular tem ficado desassistido no campo das políticas públicas por parte do município e do Estado. De regra, o tratamento para este segmento tem sido a invisibilidade e a expulsão dos trabalhadores do centro da cidade, confirmando uma forte posição ideológica higienista de limpar o centro da cidade para inglês ver.
Para quem quiser acompanhar o conjunto das discussões feitas na Sessão Especial (ver vídeo: http://invictacomunicacao.com.br/tvcamarafeira/video.php?id=280). A fala do professor José Raimundo está localizada a partir das 1h:20min do respectivo vídeo.


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