A Feira de Saberes e Sabores da UEFS é resultado de um projeto de extensão desenvolvido pela Incubadora, desde 2017, que tem como objetivo "proporcionar um espaço permanente, no campus da UEFS, para divulgar e escoar os produtos da economia popular e solidária e agricultura familiar, estimulando também modelos de feiras autogestionárias nos municípios de médio e pequeno porte, que valorizem os conhecimentos articulados nas incubadoras de economia popular e solidária e a ação das redes de produção e trabalho associado". Planos de trabalho de pesquisa também são desenvolvidos pela equipe da IEPS a partir das atividades da Feira.
A ação, no entanto, vem sendo gestada há
muitos anos. Registram-se esforços neste sentido desde 2010, quando
se chegou a projetar a feira envolvendo as comunidades participantes do Curso
de Iniciação ao Cooperativismo então realizado com a participação da
Incubadora. Somente a partir de 2014, no entanto, a ideia foi tomando corpo e
virando realidade, com a articulação entre @s trabalhador@s envolvidos com os
diversos projetos em andamento na IEPS, suas comunidades de origem, outras
iniciativas populares e a comunidade universitária e com a realização de feiras
pontuais (como as ocorridas nas duas edições do Congresso Internacional de
Economia Popular e Solidária da UEFS, em 2016 e 2018, a Feira de Culturas e
Produção Camponesa em 2015, as últimas edições da Feira do Semiárido e as
pequenas “FIPIEPS” – Feiras de Iniciativas Populares Solidárias da IEPS,
realizadas, ainda de forma descontínua, a partir de 2016 nos espaços das
Cantinas I e VII). Conheça aqui mais detalhes sobre a história do projeto, .
A feira é um espaço símbolo do jeito
sertanejo de vivenciar o trabalho, as relações e a cultura. Como toda
manifestação popular, é muitas vezes alvo de preconceito e desprezo: lugar de
“bagunça”, de “sujeira”, de “atraso”. No preconceito misturam-se racismo,
elitismo, subordinação colonial à ideia de que “moderno” e “civilizado” tem que
se branco, urbano e asséptico. Assim, trazer a feira para a UEFS sempre teve
como objetivo, sobretudo, construir um espaço de convivência e intercâmbio
entre a ciência (que também se arvora a ser branca, urbana e asséptica...) e os
saberes e valores da vida que acontece fora dos muros da universidade, favorecendo
um diálogo horizontal e rico entre dimensões que insistem em se manter
separadas. As feiras representam trabalho, cultura, modos alternativos de
sentir a vida e seus valores e, sobretudo, as lutas travadas pela sobrevivência
na desigualdade.
Desde 2018 a Feira de Saberes e
Sabores vem se realizando no espaço em que ela foi pensada desde o início: o
canteiro central, o “meio do caminho” da UEFS, pois é no meio do caminho onde
todas as feiras de verdade nascem e fazem história. Basta pensar na Feira de Santana, no meio do caminho
entre o sertão e o litoral para onde seguiam as boiadas... A nova localização da Feira de Saberes e
Sabores é, em si, uma história de luta e de organização popular. A Feira já
passou pelo estacionamento dos bancos e pelo hangar, ao sabor do arrocho
orçamentário que vem sofrendo a Universidade – o aluguel dos toldos era sempre
incerto, e acabou sendo impossível.
De acordo com a filosofia de
trabalho da IEPS, a Feira de Saberes e Sabores tem sido também uma experiência de
organização autogestionária. As iniciativas participantes reúnem-se em
assembleias periódicas onde as atividades são compartidas, decisões são tomadas, ideias conjuntas são construídas, exercitando-se a difícil arte de fazer o comum acontecer. Construídas coletiva e democraticamente, as Regras de Convivência da Feira tratam dos critérios de participação, do processo para ingresso de nov@s participantes, das regras para a permanência, do fundo coletivo, entre outros temas (veja no link abaixo). De acordo com elas, quem se interessar em participar da Feira deve preencher uma ficha de inscrição (disponível na sede da IEPS ou no link abaixo) e entregá-la na Incubadora, para ingressar na lista de espera já existente.
A Feira de Saberes e Sabores é espaço de
trabalho, de cultura, de diversão. Nela realizam-se extensão e pesquisa, que se
entrelaçam com os diversos saberes que trazem @s estudantes e professor@s que
por ela passam. Ela é também um espaço de encontro entre ciência e saber popular,
onde a gente deseja fermentar relações, amizades, sensibilidades e lutas que
integrem a universidade ao seu entorno, tornando-a capaz de fazer as perguntas
e dar as respostas que a sociedade realmente precisa para ser mais acolhedora e
humana.
A partir de 2019 a Feira de Saberes passou a ser semanal, sempre às quintas-feiras.
Apareça!
Regras de Convivência" da Feira de Saberes e Sabores
Ficha de inscrição para proposta de nov@s participantes
A História da Feira de Saberes e Sabores em imagens
Catálogo de Apresentação da Feira de Saberes e Sabores
Guia de Apresentação do Projeto "Feira Livre e Itinerante como elemento central para o processo de desenvolvimento, reaplicação, aperfeiçoamento e avaliação de Tecnologias Sociais - FLIDRATS
Guia Prático Farmácia Viva da Feira de Saberes e Sabores
Guia de Uso da Moeda Social "Sertanejo"
Regras de Convivência" da Feira de Saberes e Sabores
Ficha de inscrição para proposta de nov@s participantes
A História da Feira de Saberes e Sabores em imagens
Catálogo de Apresentação da Feira de Saberes e Sabores
Guia de Apresentação do Projeto "Feira Livre e Itinerante como elemento central para o processo de desenvolvimento, reaplicação, aperfeiçoamento e avaliação de Tecnologias Sociais - FLIDRATS
Guia Prático Farmácia Viva da Feira de Saberes e Sabores
Guia de Uso da Moeda Social "Sertanejo"
Reportagem televisiva sobre a edição da Feira de Saberes e Sabores realizada durante o período de isolamento social da pandemia do Covid 19
Guia Feira de Sabores pegue-e-leve ("drive thru")
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