quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Relato de participação no XII CONLAB

O tema do encontro foi: Imaginar e Repensar o Social: Desafios às Ciências Sociais em Língua Portuguesa, 25 anos depois. 

     
Da esquerda para a direita, Dr. André Filipe Lopes Martins (UNIMONTES-MG), 
José Raimundo Oliveira Lima (UEFS-BA), 
Dr. Casimiro Balsa (FSCH/UNL/PT), Drª Luciene Rodrigues (UNIMONTES-MG), Me. Rochele
 Pedroso de Moraes (PUC-RS) e Luiz Inácio Gaiger (UNISINOS-RS)


Os Congressos Luso- Afro- Brasileiros têm sido, desde a sua 1ª edição, em 1990, um dos mais importantes encontros de cientistas sociais e das humanidades dos países de língua oficial portuguesa. Tem sido, sem sombra de dúvidas, um espaço pluri e transdisciplinar, reagrupando intelectuais de todas as disciplinas das ciências sociais e das humanidades, num importante esforço de promoção da reflexão e partilha de produção científica, almejando ao mesmo tempo a criação, consolidação e internacionalização da produção científica em língua portuguesa.

De igual modo, tem sido preocupação desses Congressos, por um lado, a busca da institucionalização de parcerias no domínio da pesquisa em ciências sociais e humanas nos países de língua portuguesa e, por outro, constituir-se num espaço de exploração e promoção de ideias e projetos relevantes para o desenvolvimento da paz, da democracia e da inclusão num contexto global de profundas e rápidas transformações. 

Neste contexto, o tema do Congresso “Imaginar e Repensar o Social: Desafios às Ciências Sociais em Língua Portuguesa, 25 anos depois” se mostra de uma atualidade acrescida e instigante para os cientistas sociais que produzem em língua portuguesa e nos países falantes do português: reconstruir reflexiva e criticamente os 25 anos do CONLAB e, mais do que isso, perspectivar o futuro se mostram cruciais para as ciências sociais e humanas nos nossos países. Somos, por conseguinte, chamados a um exercício de imaginação capaz de permitir delinear estratégias científicas e políticas de promoção do desenvolvimento do ensino e da pesquisa em Ciências Sociais de forma a buscar consolidar essa área do conhecimento, bem como o seu reconhecimento nos espaços nacionais dos países de língua portuguesa e no mundo. O XII Congresso de Ciências Sociais e Humanas em Língua Portuguesa foi organizado em duas perspectivas:
I) A primeira organizada em sessões plenárias (conferências) e paralelas (Mesas Redondas e Grupos de Trabalho). Membros associados e a comunidade de pesquisadores em ciências sociais e humanas dos Sete países falantes do português e demais pesquisadores desses espaços foram os convidados a participar do evento;
II) A segunda parte consiste da dimensão institucional destinada à realização das reuniões estatutárias dos órgãos da AICSHLP(da Associação Internacional de Ciências Sociais e Humanas em Língua Portuguesa), destacando-se a reunião da Assembleia Geral, com a eleição de novos membros dos órgãos da Associação a tomarem posse em 2016.
Mesa de Abertura do CONLAB na Universidade Nova de Lisboa – 


Da esquerda pra direita Dr. João Paulo Borges Coelho (Universidade de Maputo – Moçambique),

Manuela Carneiro da Cunha (Universidade de Chicago)

 e Boaventura de Souza Santos (Universidade de Coimbra – Portugal).
Entre os eixos temáticos que nortearam o Congresso, estavam: As Ciências Sociais e Humanas em língua portuguesa perante as transformações à escala global; Governação, democracia, participação política e direitos de cidadania; O local, o regional, o nacional, o global: cruzamentos periféricos e hegemónicos; Religião e religiosidades; Cultura, direitos culturais, sociabilidades e pluralismos culturais; Desigualdades, exclusão social e direitos humanos: género, classe, família, raça e etnia;  Ambiente, recursos naturais e dinâmicas globais: conflitos, gestão, participação e apropriação;

Grupos de Trabalho (GT) da ordem de 100 (cem), aceitos pelo Conselho de Política Científica abarcaram o conjunto de eixos temáticos e os seus coordenadores foram membros da AILPcsh, filiados em instituições académicas de diferentes países e tinham o grau de doutor. O currículo de cada coordenador de GT foi igualmente alvo de avaliação na aceitação das propostas, tendo em conta o fato da AILPcsh delegar a eles a fase seguinte de avaliação das comunicações propostas. 

O grande número de propostas submetidas a alguns GTs (chegou a haver GTs com 100 propostas, vários com 70) levou a que se decidisse, por acordo entre a Direção da AILPcsh e o Conselho de Política Científica, fazer um desdobramento dos GTs com maior numero de submissões, passando cada um destes a ser designado com as letras a, b, c. Ficou estipulado que cada GT teria, no máximo, 20 comunicações, ocupando duas tardes de trabalho nos dias 3 e 4 de fevereiro de 2015, garantindo-se assim que os participantes não ficariam presos ao seu GT por mais de dois dias do congresso. 
        
Nessa perspectiva tivemos dois GTs sobre Economia Popular e Solidária, um mais voltado para questões referentes ao campo de estudo e outro relacionado à perspectiva do desenvolvimento, especialmente, desenvolvimento local. 

José Raimundo Oliveira Lima (UEFS/BAHIA/BRASIL) –
 Apresentação de trabalhos no CONLAB – Universidade Nova de Lisboa – Portugal.
     
A participação da IEPS/UEFS compreendeu a perspectiva política de engrossar o coro pelo fortalecimento das publicações em língua portuguesa que culminam com o reforço local da perspectiva dimensionada na questão cultural, politica, educativa, econômica entre outras. Neste sentido os dois trabalhos apresentados: i) Economia Popular e Solidária e Desenvolvimento Local Solidário: Relação que passa pela rientação e organicidade dos agentes ou iniciativas e ii) Sistema Socioprodutivo Econômico Solidário em Comunidades de Fundo de Pasto no Município de Monte Santo (BA), contaram com muito boa aceitação e relevantes contribuições, além de convites para a discussão dessas temáticas em ouros espaços no Brasil e em outros países.

Nenhum comentário:

Postar um comentário