No mês de julho do corrente ano recebemos na Incubadora o SESC – Feira de Santana, contato que fizemos na tentativa de formar uma parceria com o Programa Mesa Brasil, no sentido do desenvolvimento de um trabalho politico educativo de economia popular e solidária. O motivo da visita foi à formalização do pedido de apoio para um dos projetos que o SESC realiza e que é articulado ao Programa Mesa Brasil.
Na oportunidade, Claudine, Assistente Social representante daquela instituição nos relatou que o Mesa Brasil é um programa que já a alguns anos vem trabalhando em parceria com algumas pessoas ou grupos na distribuição (doação) de alimentos, no intuito de alimentá-las, evitar a fome de maneira geral, mas, também o desperdício de alimentos. O Programa, além da questão assistencial, tem o viés da segurança alimentar como principal linha de atuação.
Neste contexto, dentre os projetos desenvolvidos, surgiu há alguns anos a possibilidade de trabalharem com a customização de fardamentos que são doados a cada 6 meses, através de uma parceria entre o SESC, outras empresas e a Renova lavanderia, em um ciclo que funciona da seguinte forma: os fardamentos são utilizados pelas empresas e quando viram resíduos, em bom estado, seguem para a Renova lavanderia em Camaçari onde são lavados e selecionados. Depois disso, o SESC fica com a incumbência de distribuir o material entre os doze grupos que compõe o projeto Recostura Brasil, para serem reciclados, customizados e comercializados.
Como é do conhecimento de todos, a Incubadora de Iniciativas da Economia Popular e Solidária, desde 2008 vem desenvolvendo um trabalho organizativo politico educativo de orientação por uma outra economia através da produção associada baseada no trabalho coletivo, associado, solidário e aoutogestionário, consubstanciados na pratica da pesquisa participante e de extensão universitária. Assim, a parceira pleiteada pelo SESC com a nossa Incubadora decorre de um dos grandes problemas detectados: o fato de que o trabalho de articulação com os grupos ocorre a distancia, sem envolvimento direto com todos os integrantes.
Com efeito, após conversa e um primeiro diagnóstico, percebemos que o trabalho ora desenvolvido junto aos grupos ocorre com um representante de cada grupo, acreditando – se que este seja o multiplicador, porém, ainda não se tem o conhecimento de como ou se de fato isto esta sendo repassado para os outros integrantes do grupo, além da grande possibilidade de estímulos ou equívocos que reforcem o trabalho individual. É neste contexto, problemático, que percebemos a relevância da parceria, orientada na perspectiva do trabalho coletivo e da produção associada, uma vez que nos foi indicada a possibilidade de trabalharmos elementos da economia popular e solidaria com os 12 (doze grupos) de aproximadamente, 70 (setenta pessoas).
A IEPS, então, propôs um diálogo com o SESC, inicialmente para uma aproximação com grupos completos, visando um trabalho dentro dos princípios e praticas da economia popular e solidária. Nesta perspectiva, começamos os primeiros passos com uma visita aos grupos, mediante uma apresentação da Incubadora, sobre seu trabalho e a forma como vem desenvolvendo em um Seminário organizado pelo Programa Mesa Brasil no SESC de Feira de Santana com as presenças dos organizadores, estudantes das diversas áreas, e público geral interessado no nosso trabalho autogestiónário, associativo e político/educativo/solidário.
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