sábado, 26 de outubro de 2019

TODOS(AS) À AUDIÊNCIA PÚBLICA: CAMELÔS EM LUTA CONTRA O "SHOPPING" POPULAR



O Coletivo de Trabalhadores em Defesa do Trabalho no Centro da Cidade realizará na próxima terça, 29.10.19, das 13:30 às 17:00h, no Centro Universitário de Cultura e Arte - CUCA (Rua Conselheiro Franco, 66, Centro, Feira de Santana), audiência pública sobre o novo "shopping" popular.

A atividade dá prosseguimento a uma série de outras que já vêm sendo realizadas em torno do tema e que visam à mobilização dos(as) ambulantes de Feira de Santana, assim como de toda a comunidade, em torno da controversa obra.

Ministério Público Estadual, Defensoria Pública Estadual, o Poder Público Municipal, a Câmara dos Vereadores, o Departamento de Economia da UEFS e a Incubadora de Iniciativas da Economia Popular e Solidária da UEFS foram convidados a participar desse importante momento.


A Incubadora de Iniciativas da Economia Popular e Solidária-IEPS apoia a organização e luta dos(as) trabalhadores(as) do comércio de rua de Feira de Santana, lembrando da sua fundamental importância para nossa cidade, que nasceu de uma feira e permanece tendo nelas uma parte fundamental da sua identidade e força.

Em 2018, durante o II CIEPS - Congresso Internacional de Economia Popular e Solidária e Desenvolvimento Local, a IEPS-UEFS trouxe à discussão o tema na roda de conversa "A cidade e a Feira: camelôs, feirantes, informalidade, velhos e novos desafios", que contou com a participação de Rogério Gutemberg Conceição (falando em nome dos camelôs), Alessandra Oliveira Teles (professora da UEFS, integrante da IEPS), Fernando Rabossi (professor da UFRJ) e Larissa Penelu (professora da UEFS) ("clique" nos nomes e conheça um pouco do trabalho destas(es) especialistas).

Já ali se tentava desvelar o perverso discurso por trás do projeto de "shopping" popular. Feirantes, camelôs, ambulantes, a economia popular são alvos de preconceito e desprezo, sempre relacionados a ideias como "bagunça", "sujeira", "atraso". No preconceito misturam-se racismo, elitismo, subordinação colonial à ideia de que “moderno” e “civilizado” tem que ser branco, urbano e asséptico. Tem que ser "shopping"... Mas se é "shopping", não é popular.

Participar da audiência pública é muito importante! Informe-se, discuta o tema, solidarize-se com aqueles(as) que lutam pela sobrevivência na desigualdade  e assim constroem a nossa cidade, com o seu modo de produzir, vender, usar o espaço urbano e se relacionar.

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